Outro desafio é a crise de representatividade. A percepção de que políticos estão distantes da realidade da população alimenta sentimentos de frustração e descrença. Movimentos de protesto, como os que ocorreram no Brasil em 2013 ou na França com os “coletes amarelos”, demonstram a insatisfação com instituições que parecem incapazes de ouvir o povo. Essa lacuna entre eleitores e representantes gera espaço para discursos populistas, que prometem soluções rápidas, mas muitas vezes corroem instituições democráticas.
As novas tecnologias também representam um dilema. As redes sociais potencializaram a capacidade de mobilização, mas igualmente abriram espaço para a disseminação de desinformação. Fake news e manipulação de algoritmos podem influenciar eleições e corroer a confiança no processo democrático. Ao mesmo tempo, a internet pode ampliar a participação direta e aproximar os cidadãos das decisões públicas, se utilizada de forma ética e transparente.
