Contudo, os riscos são igualmente evidentes. O excesso de informação não garante qualidade. Muitas vezes, conteúdos falsos circulam com maior rapidez do que notícias verificadas. A lógica algorítmica privilegia engajamento, e não veracidade, incentivando polarização e bolhas informacionais. Cidadãos tendem a interagir apenas com opiniões semelhantes, reforçando visões extremas e dificultando o diálogo democrático.
Outro aspecto é a personalização da política. Líderes populistas utilizam as redes para falar diretamente com seus seguidores, evitando intermediários como a imprensa. Essa comunicação direta pode fortalecer o vínculo com a base eleitoral, mas também reduzir a transparência e dificultar o escrutínio público. Ao mesmo tempo, campanhas digitais permitem uma segmentação altamente precisa, levantando questões éticas sobre privacidade e manipulação de dados.
