A arte digital e os desafios da criatividade na era da inteligência artificial

por Clara Machado Carneiro

Um exemplo marcante foi a venda, em 2021, de uma obra digital do artista Beeple por mais de 69 milhões de dólares. Esse episódio consolidou os NFTs como uma nova forma de circulação e valorização da arte, embora ainda envolta em debates sobre especulação financeira e sustentabilidade.

A inteligência artificial, por sua vez, levanta discussões ainda mais complexas. Softwares capazes de gerar imagens, composições musicais e até textos criativos questionam a noção tradicional de autoria. Se uma obra é criada por um algoritmo treinado em milhões de referências, quem é o verdadeiro autor? O programador, a máquina ou a coletividade de artistas que forneceram inspiração?

Apesar das controvérsias, a arte digital representa também uma ampliação democrática da criatividade. Ferramentas acessíveis permitem que pessoas sem formação técnica aprofundada experimentem e expressem sua visão de mundo.

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